O corpo que virou atração de parque de diversões: a história surreal de Elmer McCurdy

O corpo que virou atração de parque de diversões: a história surreal de Elmer McCurdy

Poucas histórias reais são tão bizarras quanto a de Elmer McCurdy, o ladrão do Velho Oeste que ganhou fama não por seus crimes, mas pelo que aconteceu com seu corpo após a morte. Embalsamado em 1911, McCurdy passou mais de 60 anos sendo exibido como atração em circos, feiras e parques de diversões — até que, por acaso, foi finalmente identificado… durante a gravação de uma série de TV.

Um ladrão sem sucesso e um cadáver sem dono

Elmer McCurdy era um criminoso de pouca sorte. Após uma série de assaltos frustrados a trens e cofres (em um deles ele explodiu o cofre com dinamite e derreteu o dinheiro), foi morto em um confronto com a polícia em Oklahoma. Como ninguém reclamou seu corpo, o agente funerário responsável decidiu embalsamá-lo com uma fórmula à base de arsênico e o colocou em exposição, cobrando entrada para vê-lo. O cadáver virou uma curiosidade local e, com o tempo, foi vendido para donos de espetáculos. O que se seguiu foi uma jornada quase inacreditável: o corpo foi emprestado, vendido e revendidos inúmeras vezes, percorrendo carnavais itinerantes, museus de horrores e atrações de beira de estrada. Ninguém sabia que aquele “boneco de cera” era, na verdade, um cadáver de verdade.

Descoberta acidental e sepultamento tardio

A história só veio à tona décadas depois, em 1976, quando uma equipe de filmagem da série “O Homem de Seis Milhões de Dólares” gravava em um parque de diversões abandonado na Califórnia. Ao tentar mover um manequim pendurado em uma casa assombrada, um dos produtores percebeu que o “boneco” tinha ossos. O corpo foi levado para perícia e, após investigações, chegou-se à chocante conclusão: tratava-se de Elmer McCurdy.

Depois de toda essa peregrinação, McCurdy foi finalmente enterrado com dignidade em Guthrie, Oklahoma, em 1977. Para garantir que seu corpo nunca mais fosse usado como atração, as autoridades colocaram concreto sobre o caixão. A história de McCurdy é mais do que uma curiosidade mórbida. Ela fala sobre fama póstuma, exploração do bizarro e até sobre como a memória humana pode ser manipulada ao ponto de um cadáver virar entretenimento por décadas.

Confira abaixo um vídeo explicando toda a história, com imagens da época e detalhes dessa trajetória surpreendente:

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